O Banco Central (BC) está avaliando a implementação de regras de segurança no Pix para a participação de instituições financeiras no sistema de pagamento instantâneo.
A informação foi divulgada por Breno Lobo, chefe-adjunto do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do BC, durante o Fórum Pix, realizado nesta quinta-feira (5/12).
Possibilidade de novas regras de segurança no Pix
Segundo Lobo, o objetivo é aumentar a segurança e a robustez do arranjo, alinhado às exigências às novas demandas do mercado.
“Estamos elevando a barra das exigências de participação no Pix. A Resolução 429 foi o primeiro movimento. Estamos estudando outras medidas para garantir mais segurança no sistema”, afirmou.
Mudanças previstas para 2025
No início de novembro, o BC publicou a Resolução BCB nº 429, que estabelece novas regras de segurança no Pix para as instituições interessadas em integrá-lo.
A partir de 1º de janeiro de 2025, apenas entidades autorizadas pelo BC poderão solicitar adesão ao sistema.
O regulador destaca que as mudanças buscam reforçar a supervisão das instituições participantes.
“Para ofertar o Pix à população, as instituições precisam ter o mínimo de estrutura e controle. Não é algo simples como abrir uma lojinha para vender limonada na esquina”, declarou Lobo.
Aumento de vazamentos de dados preocupa BC
Outro ponto de atenção para o Banco Central é o crescimento dos casos de vazamento de chaves Pix.
Apenas em 2024, foram registrados 12 incidentes, enquanto em 2023 ocorreu apenas um caso.
O BC atribui o aumento à falta de conformidade de algumas instituições com os manuais de segurança e operacional do Diretório de Identificadores de Contas Transacionais (DICT).
“Essa falta de cuidado com aspectos de segurança nos obriga a elevar os requisitos de participação. Nosso objetivo é assegurar que todas as instituições, independentemente do tamanho, tenham uma estrutura mínima de controle e segurança”, destacou Lobo.
As novas diretrizes reforçam o compromisso do BC em manter a integridade e a eficiência do Pix, que continua sendo um dos sistemas de pagamento mais utilizados e confiáveis do Brasil.