Ex-diretor da Igreja Bola de Neve fatura R$ 500 mil com dízimos em esquema investigado pelo Ministério Público

Pregador de camisa branca discursando em um púlpito de madeira em um ambiente ao ar livre com público ao fundo desfocado.

Uma investigação está apurando denúncias de desvio de recursos na Igreja Bola de Neve pelo Ministério Público.

Segundo informações divulgadas pela Band, um ex-diretor da instituição teria criado uma empresa de máquina de cartão, a SIAF, para processar o dízimo dos fiéis, gerando um faturamento de quase R$ 500 mil em poucos meses.

Início das investigações na Igreja Bola de Neve

O caso veio à tona após o falecimento do apóstolo Rina, fundador da igreja, em novembro de 2024, e a ascensão da pastora Denise Seixas à presidência da organização.

Denise, que já era vice-presidente, começou a investigar possíveis irregularidades na administração, envolvendo contratos firmados pelo então diretor financeiro, Éverton Ribeiro.

Entre as suspeitas levantadas está a contratação de serviços de empresas pertencentes ao próprio Éverton e a sua irmã.

Além da SIAF, outra empresa, a Filhos do Rei, teria faturado cerca de R$ 1,5 milhão em serviços prestados para a igreja no mesmo período.

Interior de uma igreja com arquitetura gótica, bancos de madeira alinhados e vitrais coloridos ao fundo.
Um ex-diretor teria criado uma empresa de maquininhas de cartão para processar o dízimo dos fiéis

Disputa interna pelo comando da igreja

A transição de liderança gerou um embate entre Denise Seixas e outros membros da diretoria.

Parte dos diretores tentou impedir sua posse, mas uma decisão judicial reconheceu Denise como representante legal da instituição.

No entanto, há uma liminar que impede a pastora de acessar as dependências da igreja devido a um processo de reintegração de posse.

Nota oficial da Igreja Bola de Neve

Em comunicado, a Igreja Bola de Neve declarou que todas as suas operações financeiras seguem normas legais e são auditadas anualmente por uma empresa multinacional.

A instituição também destacou que qualquer divulgação de informações contratuais ou financeiras viola o sigilo previsto na Constituição.

A igreja afirmou que recorrerá da decisão que confirmou Denise Seixas como representante legal, alegando haver um acordo prévio sobre sua renúncia ao cargo de vice-presidente.

O caso segue sob análise judicial e investigação do Ministério Público, enquanto a comunidade evangélica aguarda desdobramentos sobre as denúncias e a disputa de poder na igreja.

Dê sua avaliação ao conteúdo: post
Configurações