O que é o PGDAS?

Homem analisando documentos com laptop em ambiente de trabalho organizado.

O PGDAS (Programa Gerador do Documento de Arrecadação do Simples Nacional) é uma ferramenta essencial para micro e pequenas empresas que optaram pelo Simples Nacional. 

Ele permite calcular e declarar os impostos devidos, garantindo que as empresas cumpram suas obrigações tributárias. 

Neste artigo, entenda como ele funciona, quem deve utilizá-lo e apresentaremos um passo a passo para evitar erros e garantir a regularidade fiscal da sua empresa.

O que é o PGDAS e qual sua importância?

O PGDAS, ou Programa Gerador do Documento de Arrecadação do Simples Nacional, é uma plataforma criada para simplificar a apuração e declaração de impostos das empresas optantes pelo Simples Nacional. 

Ele concentra as informações necessárias para calcular os tributos, otimizando o processo fiscal e reduzindo erros. Além disso, ele é indispensável garantir a regularidade tributária de micro e pequenas empresas.

Ele assegura que a empresa esteja em dia com suas contribuições fiscais, evitando multas, juros e possíveis complicações com a Receita Federal. Para quem busca uma gestão financeira eficiente, o uso correto do sistema é fundamental.

Definição e função do PGDAS no Simples Nacional

É um sistema online no qual as empresas optantes pelo Simples Nacional inserem informações como a receita bruta mensal e o tipo de atividade econômica. 

Com base nesses dados, o programa calcula automaticamente os tributos devidos, que incluem impostos como ICMS, ISS e CSLL.

A função principal do PGDAS é integrar e facilitar a arrecadação de impostos, eliminando a necessidade de múltiplas declarações separadas. 

Ele também permite a emissão do DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional), que reúne todas as obrigações fiscais em um único pagamento.

Quem deve utilizar o PGDAS?

O uso do PGDAS é obrigatório para a maioria das empresas optantes pelo Simples Nacional, mas existem particularidades que variam de acordo com o porte e o regime tributário da empresa.

Empresas no Simples Nacional

As empresas enquadradas no Simples Nacional são obrigadas a utilizar o PGDAS para calcular e declarar seus impostos. Isso inclui microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP). 

O sistema exige que essas empresas preencham mensalmente as informações de faturamento, garantindo que os valores arrecadados sejam calculados de forma precisa.

Essas empresas devem estar atentas aos prazos para evitar atrasos, que podem acarretar multas e juros. O cumprimento dessa obrigação é essencial para manter a regularidade tributária e evitar complicações legais.

MEI e suas particularidades

Embora o Microempreendedor Individual (MEI) também esteja enquadrado no Simples Nacional, ele possui regras específicas que diferem das micro e pequenas empresas. 

O MEI, por padrão, não é obrigado a utilizar o PGDAS mensalmente, pois sua contribuição é fixa e simplificada.

No entanto, caso o MEI ultrapasse o limite de faturamento anual permitido ou exerça atividades que exijam uma declaração complementar, ele poderá ser obrigado a utilizar o sistema para regularizar sua situação. 

Por isso, é essencial que o MEI conheça as particularidades de sua tributação e fique atento a mudanças na legislação.

Como acessar e emitir o PGDAS?

A emissão do PGDAS é um processo simples e essencial para empresas optantes pelo Simples Nacional, pois permite calcular e pagar os tributos devidos. 

No entanto, para garantir a eficiência e evitar erros, é fundamental conhecer os passos necessários e as informações exigidas para o preenchimento correto do sistema.

Passo a passo para acessar o sistema:

  1. Vá até o site oficial do Simples Nacional através do endereço https://www.gov.br/receitafederal;
  2. Use o certificado digital da empresa ou o código de acesso gerado previamente no site da Receita Federal;
  3. Dentro do menu de serviços, escolha a opção correspondente ao Programa Gerador do Documento de Arrecadação do Simples Nacional;
  4. Insira os meses e anos que deseja declarar;
  5. Inclua as informações de receita bruta e atividades econômicas;
  6. O sistema irá calcular automaticamente os tributos devidos;
  7. Após o cálculo, gere o Documento de Arrecadação do Simples Nacional para pagamento.

Esse processo deve ser realizado mensalmente para garantir que a empresa esteja em dia com suas obrigações fiscais.

Quais informações são necessárias para preenchimento?

Para preencher o PGDAS-D de forma correta e evitar inconsistências, é fundamental que a empresa tenha em mãos todas as informações solicitadas pelo sistema. 

A precisão nos dados garante um cálculo correto dos tributos e evita problemas futuros com a Receita Federal.

Receita bruta mensal

A receita bruta mensal é um dos dados mais importantes no preenchimento do PGDAS. Ela corresponde ao total de faturamento da empresa no mês, incluindo vendas de produtos e prestação de serviços. 

É essencial que a receita seja registrada de forma detalhada, separando as receitas por tipo de atividade econômica (comércio, serviços, indústria).

Uma prática recomendada é manter um controle financeiro eficiente, utilizando sistemas de gestão ou planilhas para garantir a precisão desses valores.

Dados das atividades econômicas da empresa

O sistema também exige informações sobre as atividades econômicas realizadas pela empresa. 

Essas atividades são categorizadas com base no CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) da empresa. Durante o preenchimento, é necessário indicar:

  • o tipo de atividade (comércio, indústria ou serviços);
  • a localização da operação (municipal, estadual ou interestadual);
  • o tipo de cliente (pessoa jurídica ou física).

Essas informações são fundamentais para que o sistema calcule corretamente as alíquotas aplicáveis e os tributos devidos. 

Além disso, atividades diferentes podem ter tratamentos fiscais específicos, o que torna indispensável a revisão dos dados antes de finalizar o preenchimento.

Quais os principais prazos e obrigações do PGDAS?

Cumprir os prazos e entender as obrigações relacionadas ao PGDAS-D é crucial para empresas optantes pelo Simples Nacional. 

Erros ou atrasos podem acarretar multas e impactos financeiros significativos, prejudicando o planejamento do negócio.

Profissional analisando informações em tablet enquanto faz anotações em prancheta.
O PGDAS é obrigatório para a maioria das empresas optantes pelo Simples Nacional

Prazos para declaração e pagamento

Ele deve ser preenchido até o último dia útil do mês seguinte ao período de apuração. Por exemplo, o faturamento de janeiro deve ser declarado até o último dia útil de fevereiro.

Após o preenchimento e cálculo, o pagamento do DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional) também deve ser feito até o último dia útil do mês seguinte.

Utilize lembretes ou sistemas de gestão para evitar atrasos, garantindo que a declaração e o pagamento sejam feitos dentro do prazo.

Multas por atraso ou informações incorretas

Atrasos ou declarações com erros podem gerar multas e outros custos para a empresa. Entenda os principais impactos:

  • é cobrado o valor mínimo de R$ 50,00 ou 2% ao mês sobre os tributos devidos, limitado a 20% do total;
  • multa por informações incorretas ou omissões pode variar conforme a gravidade do erro, podendo chegar a 3% do valor omitido;
  • juros e encargos por atraso no pagamento são aplicados juros baseados na Taxa Selic e acréscimos legais conforme a Receita Federal.

Em caso de multa por atraso, o desconto pode chegar a 50% se o pagamento for realizado dentro de 30 dias após a notificação.

Como corrigir declarações incorretas?

Caso a empresa identifique erros na declaração do PGDAS-D, é possível corrigi-los seguindo alguns passos:

  1. Utilize o login no Portal do Simples Nacional;
  2. Preencha os dados corrigidos no sistema e informe que se trata de uma correção;
  3. O sistema recalculará os tributos com base nas informações corrigidas;
  4. Se os valores recalculados forem maiores, gere um novo DAS para pagamento do valor adicional.

Sempre mantenha registros e comprovantes para justificar alterações feitas no sistema.

Exemplos de impactos financeiros no atraso

Atrasos na entrega ou erros no PGDAS-D podem gerar custos significativos. Confira alguns cenários:

Atraso de 3 meses no pagamento do DAS

  • faturamento mensal de R$ 20.000,00 com alíquota de 6%;
  • multa de 2% ao mês, mais juros pela Taxa Selic, resultando em um acréscimo de aproximadamente R$ 360,00 por mês de atraso.

Erro no valor da receita declarada:

  • receita omitida de R$ 10.000,00;
  • multa de 3% sobre o valor omitido, gerando um custo de R$ 300,00.

Esses exemplos demonstram como a falta de atenção aos prazos e à precisão das informações pode comprometer a saúde financeira do negócio.

Quais os erros mais comuns ao utilizar o PGDAS?

Cometer erros ao preencher o PGDAS-D pode gerar multas, inconsistências fiscais e complicações na gestão financeira. Conhecer os erros mais comuns ajuda a evitá-los e a manter a regularidade do negócio.

Informações inconsistentes sobre receitas

Um dos erros mais frequentes está relacionado à declaração incorreta das receitas. Exemplos incluem:

  • omissão de valores recebidos em vendas ou serviços;
  • receita alocada em categorias tributárias inadequadas;
  • informações insuficientes sobre a origem do faturamento.

Mantenha um controle financeiro organizado para que os dados sejam facilmente acessados na hora da declaração.

Cálculo incorreto de impostos devidos

Outro erro comum é o cálculo errado dos tributos, o que pode ocorrer devido a:

  • a aplicação errada das alíquotas previstas no Simples Nacional;
  • falta de atualização sobre mudanças na legislação tributária;
  • erros ao somar valores de diferentes faixas de tributação.

Esses problemas podem gerar divergências entre o valor pago e o devido, resultando em penalidades.

Como evitar esses erros?

Para minimizar as chances de erro, adote as seguintes práticas:

  • confira todas as informações, como valores declarados e classificação tributária;
  • acompanhe as atualizações do Simples Nacional;
  • use relatórios detalhados de vendas e despesas.

Ferramentas que ajudam no preenchimento correto

Algumas ferramentas podem facilitar o preenchimento e evitar erros no PGDAS.

Sistemas de gestão financeira

Facilita o registro e o controle do faturamento. Exemplo: Conta Azul, QuickBooks.

Softwares especializados em tributação

Automatiza cálculos e gera relatórios precisos. Exemplo: Alterdata, Domínio Sistemas.

Consultoria contábil online

Oferece suporte profissional para declarações complexas.

Como o PGDAS se aplica ao MEI?

O MEI (Microempreendedor Individual) possui obrigações tributárias simplificadas, mas é importante entender como o PGDAS-D se relaciona com esse regime.

O MEI precisa emitir o PGDAS?

O MEI não é obrigado a emitir o PGDAS-D como empresas do Simples Nacional. Suas principais obrigações tributárias são:

  • pagamento mensal do DAS-MEI: valor fixo que inclui INSS, ISS e/ou ICMS;
  • Declaração Anual do Simples Nacional (DASN-SIMEI): resumo do faturamento anual.

Entretanto, em casos de transição para microempresa, o MEI deverá cumprir as regras do PGDAS-D.

Diferenças na declaração entre MEI e outras empresas

As principais diferenças incluem:

  • não há necessidade de detalhar categorias de receita no PGDAS.
  • o limite de faturamento anual do MEI é de até R$ 81.000,00 (ou o valor atualizado vigente);
  • o MEI realiza apenas uma declaração anual, enquanto outras empresas devem declarar mensalmente.

Passos simples para o MEI realizar sua declaração

  1. Acesse o Portal do Empreendedor;
  2. Inclua todas as receitas brutas, sem deduzir despesas;
  3. Verifique possíveis alterações no regime.

Caso o faturamento ultrapasse o limite permitido, inicie o processo de transição para outro regime tributário.

Use ferramentas como planilhas ou aplicativos para registrar mensalmente o faturamento e facilitar a declaração anual.

O que mais saber sobre o PGDAS?

Veja, então, as perguntas mais comuns sobre o assunto.

Como sei se minha empresa está obrigada a declarar o PGDAS-D?

A declaração do PGDAS-D é obrigatória para todas as empresas optantes pelo Simples Nacional, exceto MEIs, que seguem regras diferentes. Se sua empresa ultrapassou o limite de faturamento do MEI, será necessário iniciar as declarações mensais.

É possível emitir o PGDAS-D pelo celular?

O sistema do Simples Nacional é responsivo e permite o preenchimento do PGDAS-D por dispositivos móveis. No entanto, para maior segurança e precisão, recomenda-se utilizar um computador com acesso estável à internet.

Quais são as principais vantagens de declarar corretamente o PGDAS-D?

Declarações corretas garantem a regularidade fiscal da empresa, evitando multas e problemas legais. Além disso, permitem que o negócio aproveite os benefícios tributários do Simples Nacional, como alíquotas reduzidas e facilidade de gestão.

O que fazer se houver divergências no cálculo dos impostos?

Se notar inconsistências no cálculo dos impostos, revise os dados informados no PGDAS-D. Caso o erro persista, consulte um contador para identificar e corrigir os problemas. Também é possível retificar declarações no próprio sistema.

É necessário guardar os comprovantes do PGDAS-D?

Os comprovantes de pagamento e as declarações devem ser armazenados por pelo menos cinco anos. Eles servem como respaldo em caso de fiscalizações ou auditorias tributárias. Utilize sistemas digitais para facilitar o armazenamento e a organização.

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